O clima estava muito pesado quando o Barão Vermelho anunciou férias em 2001. Tanto que o baterista Guto Goffi deu um tempo na biografia da banda, que havia começado a escrever. Com lançamento nesta terça-feira no Circo Voador, o livro “Barão Vermelho - Por que a gente é assim” (Editora Globo) traça a trajetória do grupo.
“Quis me afastar do projeto na primeira parada do Barão porque a coisa estava estranha e não seria bom escrever assim. Mas as amizades voltaram à tona de forma legal em 2004, quando retomamos e tocamos juntos por mais dois anos e meio”, recorda Goffi.
Escrito a seis mãos por Guto, o produtor Ezequiel Neves e o jornalista Rodrigo Pinto, o livro não é chapa branca. “Falamos de quando fomos presos por porte de drogas em 1984, da saída e da morte do Cazuza, que abalou todo mundo”, assume Goffi.
Ligado ao Barão desde o início - “A banda é a coisa em que estou há mais tempo na vida” -, Ezequiel foi convencido por Guto a participar. “Sempre fui contra escrever livros, porque sou profundamente superficial. Mas fizemos um triunvirato e nem deu para sentir dor”, brinca o produtor, que avisa: “A história da banda é picante, tem muitas drogas, muita música, muita fofoca, até macumba tem. E eu sou o que mais se droga na história. Fora o Cazuza, está todo mundo vivo. Não dá para esperar todo mundo morrer para escrever a biografia. Mesmo de férias, os “barões” ainda se vêem com freqüência: jogam bola todas as segundas-feiras e participam dos trabalhos solos uns dos outros.
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